Entrevista com Manu Gavassi

Confira a entrevista que o Gustavo (blogueiro do blog 'outros olhos'), fez com a Manu:


Gustavo: Como você chegou à Capricho e, de participante da Galera, virou cantora?
Manu: Sempre gostei de música, desde pequena. Meu pai toca violão há muitos anos e foi ele quem me ensinou as primeiras notas. Aí eu comecei a escrever músicas sobre a minha vida… A minha primeira foi com 14 anos. Entrei na aula de canto e de violão com 15 anos, e, com 16, entrei pra Galera Capricho – eu me inscrevi no site da revista mesmo. Mas, na verdade aconteceu tudo muito rápido! (risos)

G: Você foi descoberta graças a um vídeo que postou e que fez sucesso em um blog da Capricho. Você acha que sua carreira teria acontecido sem a internet e sem o suporte da revista?
M: Não dá pra falar que não teria acontecido de jeito nenhum, até porque eu sempre tive na minha cabeça que eu tinha que estudar e correr atrás do que queria. Mas com certeza seria muito mais difícil. A exposição na internet por meio da Capricho acelerou todo o processo. Acho que pra fama na web acontecer você tem que ter, antes de tudo, algo pra mostrar pras pessoas. Eu consegui isso como consequência da minha música.

G: Antes da fama, você já participava das redes sociais? O que mudou após você ficar conhecida?
M: Já participava. Com 15 anos gravei uma demo, coloquei no Myspace e até mandei pra algumas gravadoras… Mas hoje em dia, é claro, os perfis nas redes sociais têm um peso muito maior. O Twitter é o melhor lugar pra divulgação e pra entrar em contato com o meu público, saber o que eles estão achando. Acho bem importante ficar ligada nisso.

G:De que forma você usa a internet para se promover? Quem te auxilia nisso?
M: Olha, eu sei o que devo ou não postar na internet e acho que não tem ninguém que me auxilie. Eu cuido do meu Twitter e tenho bastante liberdade no meu blog na Capricho. Só o Myspace que eu cuido junto com a gravadora. Eu posto vídeos no YouTube, divulgo matérias, vídeos e músicas no Twitter…

G: Você tem um blog na Capricho. Qual sua ligação com a revista?
M: Eu tenho contrato com eles, eles cuidam da minha carreira junto com a minha gravadora. Isso envolve, claro, o blog, a websérie… É uma parceria.

G: E como aconteceu sua chegada à gravadora Midas, do Rick Bonadio?
M: O Rick Bonadio viu um vídeo meu na Internet e entrou em contato com a Capricho e com o meu pai. Eles têm um cuidado grande comigo: por eu ser muito nova e não ter experiência na carreira, eles nunca me colocaram pra fazer algo que eu não estivesse preparada, e eu acho isso muito importante. Mudou muita coisa! Antes era uma brincadeira, agora, apesar de ser divertido, é um trabalho.

G: Tem alguma política da Capricho ou da gravadora sobre seu comportamento na web?
M: Tenho que ser um bom exemplo, mas isso é algo que eu sempre soube que iria acontecer. Tenho que usar o bom senso e pensar que meninas de 12 anos vão ler o que eu escrevi, ver o que eu fiz e querer fazer igual. Sem falar que você tem que tomar cuidado com o que você posta sobre sua vida pessoal, porque muita gente acaba sabendo e pode fugir do controle.

G: Hoje em dia, há divulgação do seu trabalho, além da web e da Capricho?
M: A minha assessoria de imprensa agenda entrevistas em jornais e revistas de todo o país, o que é fundamental principalmente agora no comecinho, no lançamento do primeiro CD. E tem o pessoal da gravadora, que agenda programas de TV e de rádio. Algumas rádios começaram a tocar minha música há umas duas semanas.

G: Hoje, você acha que tem mais fãs por causa da web ou do offline?
M: Por causa da web, com certeza. Meu primeiro fã clube veio logo quando postei meus primeiros vídeos no YouTube. Mas acho que são duas coisas que estão caminhando juntas. Já saí em vários jornais e revistas, em alguns programas de rádio e TV, então já posso dizer que não estou só na web. Fora que agora estou começando a ser reconhecida nas ruas. O público da Capricho é muito grande e por causa da exposição na revista as meninas acabam me reconhecendo.

G: Mas esse sucesso está dando dinheiro? Como você planeja sua carreira?
M: Ainda é muito cedo pra pensar em dinheiro! Meu CD foi lançado há dois meses e meio, agora que estou começando a trabalhar. Ainda não entrei em turnê, nem nada disso. Eu tenho consciência de que eu sou super nova e ainda tenho que aprender muito e trabalhar duro pra conseguir uma carreira sólida. Estou disposta a fazer isso, sinto que cada coisa diferente que eu faço nesse meio é um desafio, uma etapa que eu passei. E eu quero continuar buscando esses desafios.